segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

De sexta-feira à noite a Domingo



Sexta-feira à noite… loucura, diversão, alegria. É a noite dos engates, dos olhares, dos apalpões, das trocas de números, das trocas de saliva e outros fluidos. É a noite da atracção, do encanto, de um constante jogo de sedução. Mas a noite acaba-se e dá lugar ao dia seguinte, em que o acordar nos faz regressar à nossa vida banal, calma, pacata, singela…
Domingo… o dia da miséria! O dia que todos tiramos para recuperar de ressacas, de noites mal dormidas. O dia em que nos preparamos psicologicamente para enfrentar a dura semana de trabalho que se avizinha. É o dia propício ao almoço em casa da avozinha, às tardes perdidas no café a falar da noite passada e das miúdas giras que engatámos. É o dia do sofá e dos filmes, o dia em que ficamos a vegetar, perdendo, muitas vezes, uma bela tarde de sol que se esconde por detrás das paredes da sala.

É exactamente assim que se podem caracterizar as nossas paixões…uma de nós sofre da “paixão de sexta-feira à noite” enquanto que à outra o mesmo acontece com “as paixões de domingo”. Triste sina a nossa! Que karma este que nos tem vindo a perseguir ao longo dos anos! Porque não termos uma paixão de segunda a domingo?

Não precisamos de viver colados as 24 horas do dia, não precisamos de prendas, de telefonemas constantes, de ramos de flores à porta de casa 3 vezes por semana, só pedimos uma relação “de Segunda a Domingo”. Será pedir muito? Provavelmente os Red Eyes Gang dir-nos-iam “Sabes bem que não pode, o bacano não aguenta!”. E nós perguntaremos: Porquê?

Sinceramente, cansámo-nos de desculpas, cansámo-nos do estou cansado, do estou indeciso, do preciso de pensar…Pensar… a pequena grande diferença que nos distingue dos animais irracionais e que, ao mesmo tempo, nos torna tão irracionais quanto eles! Enquanto pensas e vagueias nas tuas indecisões, outros já se decidiram por ti e o que um dia poderia ter sido teu, agora pode estar perdido.
Não somos mais que ninguém, mas ninguém é mais que nós! Cada pessoa tem o seu “q” de única, de especial o que faz com que, quando a perdes, impossível seja encontrares outra igual.
O tempo voa…o tempo não espera por ninguém…o tempo cura todas as feridas…tudo o que queremos é mais tempo…tempo para crescer…tempo para seguir em frente…Tempo esse que se esgota tão rápido como o “ desculpa, estou indeciso!”. Por isso, não percas esse precioso tempo, vive intensamente, entrega-te perdidamente, sê feliz massivamente, passa mais tempo a fazer do que a sonhar, a viver do que a esperar, porque embora quem quase morre esteja vivo, quem quase vive já morreu!

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