domingo, 28 de outubro de 2007

Ora, sejamos feministas!


Nos tempos que correm, é-nos difícil olhar para nós e saber aquilo que realmente sentimos. A maior parte das mulheres poderia dizer que vive tentando ser perfeita, até ao dia... até ao dia em que já não aguenta, até ao dia em que não sabe calar a dor, até ao dia. Vivemos em busca de ser aquilo que os outros idealizam, a esconder-mo-nos por trás de máscaras e a vivermos iludidas no mundo que criámos e que, mesmo assim, sabemos o quanto o detestamos. Como é parva esta nossa maneira de viver, esta felicidade constante enganadora, este sorriso falso e esta aparência de que tudo vai bem! Este querer fingir para toda a gente que estamos bem, quando, no fundo, estamos um farrapo. Sim, sabemos melhor do que ninguém o que é sofrer em silêncio, chorar amargamente, maldizer a vida que temos, simplesmente… Simplesmente porque não sabemos ser nós!

Aprender a sermos genuínas é um passo para o caminho da felicidade! Arrancar toda a máscara e postura adequada e trocar por tudo aquilo que queremos ser, que somos, que mais ninguém sabe imitar e que nunca, ou quase nunca, ninguém viu! Basicamente, soltar a louca que há em nós! Livrar-mo-nos desta prisão que nos deixa cativas, sumidas e levantar a cabeça para o mundo… Porque não temos de ter medo de ser rejeitadas, parvas, felizes, tristes, contentes! Não temos de ter medo de mostrar aquilo que somos, a nós mesmas, aos outros, àqueles que amamos! Porque se aprende a calar tudo... Até ao dia... Em que se explode!

quinta-feira, 25 de outubro de 2007

What goes around comes around...

Hoje, dia 25.10.07, damos como inaugurado o Consultório do Amor Massivo, onde iremos tentar ajudar todos aqueles que ainda não conseguiram encontrar uma resposta aquela(s) pergunta(s) que ainda continua a remoer aí em cima. Sim, é isso mesmo, vamos aqui responder aquelas que nós tanto gostamos de chamar de "perguntas à Maria". Talvez esse seja o nosso forte, talvez este dom seja algo que suportamos connosco desde nascença, mas a verdade é que parece que estamos destinadas a curar males de amor (os dos outros porque os nossos...os nossos é melhor nem falar). Pois bem, pode mandar entrar o primeiro paciente!

Nome do Paciente: Manuel António
Historial amoroso: 2 relações falhadas
Diagnóstico: SEP (Síndrome de encosta à parede)
O paciente pergunta: "Porquê que quando queremos não temos e quando temos não aproveitamos?"


Prognóstico: O seu caso é simples e comum a grande parte da população possuidora de esperma. Vocês, homens, optam por ver uma relação sempre como garantida, "eu tenho, posso e quero". E, a partir do momento que sentem que a jovem está corrompida aos vossos encantos, optam por uma estratégia que nem sempre é a mais correcta, muito conhecida pelo “ deixar andar”. Para vocês, o amor está garantido: acabou a fase de conquista, já não é necessário investir neste relacionamento; acabaram-se os encontros elaborados, os jantares românticos, as idas ao cinema, os passeios a dois, agora estou contigo quando posso e quando as minhas necessidades apertam. O erro começa a partir deste momento.
Vocês continuam a vossa vida sossegados, pois têm tudo controlado. A vida que sempre quiseram, com uma miúda, na maioria das vezes, gira, boa e inteligente, mas à qual não dão o devido valor. Mas enquanto vocês descansam, outros já iniciaram o plano de conquista, com as vossas miúdas…. E daí acordarem um dia e a vossa boneca já estar nos braços de um outro lobo mau. Para mim, a solução para o seu problema é simples, se quer simplesmente um passatempo, arranje um brinquedo, talvez uma PS ou então carrinhos telecomandados, quando sentir que cresceu e quer um relacionamento, aí sim, meta mãos à obra, seja inteligente e saiba ter uma mulher aos seus pés.

Relatório Clínico:Ora pois muito bem, é importante começarmos por referir que um doente com SEP é alguém com problemas de auto-estima, é uma pessoa que não consegue ou não tem a coragem de encostar à parede a sua cara metade. Pode ser alguém tímido, alguém receoso de ouvir um não o que, no caso deste paciente, tem-se vindo a agravar cada vez mais, visto que, após duas relações falhadas, o medo de ouvir alguém proferir tal palavra torna-se ainda maior. Citando as palavras do nosso paciente Manuel António, "Quando dei por ela já me tinha deixado para ir ter com o outro!". Oh meu amigo, desculpe que lhe diga mas o seu mal não é problemas em confrontar a sua cara metade, o seu mal é dor de corno! Eu sei que, por ser homem, por ter nascido desse sexo que nós, mulheres, odiamos amar, demora mais tempo a atingir a fase da maturidade e depois, quando acorda para a vida, fica a ver passar navios! Mas as pessoas aprendem com os seus erros e o facto de ter ficado por duas vezes a chupar no dedo, não quer dizer que à terceira seja igual, afinal de contas, à terceira é de vez. Quer-se dizer, "à terceira é de vez" tanto pode querer dizer que é desta que o nosso caro Manuel António vai ficar sozinho para sempre, sem nunca saber o que é viver um grande amor, ou então que o paciente nº1 vai assentar numa relação sólido e apaixonante. Mas terceiras vezes (?) à parte, o que acontece é que o paciente tem de perder este seu medo, se não estamos mal. É verdade que há certas coisas na vida que deveríamos chegar lá por nós próprios mas, infelizmente, nem todos chegam lá sem um empurrãozito e é para isso que aqui estamos! O paciente tem, certamente, uma auto-estima um tanto ou quanto negativa e nem que tenha de passar o dia enfiado num bar de strip, onde as nossas bailarinas exóticas fazem lap dances aos tortos e direitos, feios e magros ou lindos e gordos (desde que haja dinheiro por isso António Manuel sugiro que comece a jogar mais no euromilhões) para ver se sai de lá com uma moral muito elevada mesmo! Brincadeiras à parte aqui aplica-se a regra do "se eu não gostar de mim, quem gostará?", por isso, confie em si mesmo caro amigo, não duvide das suas capacidades, se se mostrar confiante ela achá-lo-á confiante também! Não tenha medo de ouvir um "não", um dia mais tarde pode ser a sua vez de o dizer! Não tenha medo de ser rejeitado porque acredite meu amigo, "what goes around comes around" e agora pode querê-la e não a ter mas há-de chegar o dia em que ela vai rastejar a seus pés e a sua resposta será aquela que ela deu à uns tempos atrás!


O paciente aprendeu: "Nunca mais vou ser panhonhas!"

quinta-feira, 18 de outubro de 2007

Where is the love?


Era uma vez, uma bela princesa que sonhava, dia e noite, com o seu príncipe encantado. Acreditava que, mais cedo ou mais tarde, ele acabaria por chegar, lindo, no seu cavalo branco e que juntos iriam viver uma paixão avassaladora, o maior romance de toda a história da humanidade.

Durante toda a sua vida a menina imaginou vezes e vezes sem conta este momento, guardando-se mesmo para este grande amor. E fê-lo de tal forma que, ainda hoje, ao fim de 100 longos anos, a doce e virgem donzela continua na espera do tal "prince charming".


É, então, que surge a tão impertinente questão: Where is the love? E eis que, caros leitores, eu vos dou a solução para tal problema: Massiva Fatal e Pura Massiva, duas bravas e destemidas heroínas que, contornando todos os obstáculos, saltando todas as barreiras e enfrentando todos os vilões, partem em busca do amor massivo. Mas não se deixem enganar pelos seus fatos de cabedal, chicote, poderes especiais e afins porque, heroínas à parte, as massivas são duas mulheres como quaisquer outras. Têm as suas dúvidas, as suas fantasiais, as suas crises, as suas paixões e muitas são as vezes em que tudo aquilo que lhes apetece é desistir desta missão. Mas, para o bem da humanidade, para que os dias voltem a ser cor de rosas e para que o amor volte a andar no ar, as duas meninas, digamos, especiais, continuam a travar as mais diversas batalhas com o desconhecido para trazerem de volta o amor.




Massivo - Avassalador, perfeito, invencível, destemido, eterno,
enfim...utópico!